NOTÍCIAS

Tribunais devem criar grupos para gerir dados estatísticos e pesquisas
27 DE MAIO DE 2022


A gestão de dados, estatística e a produção de estudos do Poder Judiciário passarão a ser organizadas e geridas pela Rede de Pesquisas Judiciárias (RPJ). A medida, aprovada pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também prevê a criação, pelos tribunais, de Grupos de Pesquisa Judiciária (GPJ) que vão compor essa Rede e deverão ser multidisciplinares e contar com a participação de servidores com experiência em pesquisa e análise de dados.

O Ato Normativo 0002827-76.2021.2.00.0000, relatado pelo conselheiro Richard Pae Kim, foi aprovado por unanimidade pelo Plenário do CNJ durante a 351º Sessão Ordinária, realizada nesta terça-feira (24/5). A proposta de Resolução prevê que a RPJ será coordenada pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ) e “estabelecerá mecanismos de colaboração, comunicação e divulgação dos estudos e diagnósticos” entre os Grupos. Construída a partir de um processo democrático, a proposta de Resolução foi submetida à consulta pública em março deste ano pelo CNJ.

A partir da publicação da Resolução, os tribunais terão um prazo de 120 dias para instituir o Grupo de Pesquisas Judiciárias (GPJ), que terá competência para gestão, organização e validação de bases de dados, produção de estatísticas e elaboração de diagnósticos sobre a atuação do Poder Judiciário. O Grupo deverá contar com servidores do tribunal com formação em estatística e/ou ciência de dados; em tecnologia da informação; direito – com experiência em Tabelas Processuais Unificadas (TPU) e parametrização; e um com formação em ciências humanas com experiência em pesquisa empírica, além de um servidor da unidade técnica de estatística. Também poderão colaborar com o GPJ professores de universidades, ou magistrados e servidores aposentados, na qualidade de consultores voluntários.

O GPJ também deverá zelar pela consistência e integridade das bases de dados dos tribunais; realizar e/ou fomentar e apoiar a elaboração de estudos e diagnósticos de temas de interesse da presidência do tribunal ou do CNJ; fornecer subsídios técnicos para a formulação de políticas judiciárias locais; estabelecer uma articulação com as escolas judiciais e de magistratura, centros de inteligência, laboratórios de inovação, universidades, instituições de ensino superior e/ou de pesquisa; e atuar para que as Tabelas Processuais Unificadas (TPUs) sejam utilizadas em sua versão mais recente nos sistemas processuais, conforme atualizações do CNJ, entre outras. O relatório de atividades do Grupo deverá ser enviado anualmente, até o dia 30 de março, à Presidência do Tribunal e ao DPJ/CNJ, com a descrição das atividades, os diagnósticos e as pesquisas realizadas, bem como o plano de ação com as atividades previstas para o ano.

A medida estabelece ainda que o GPJ contará com o apoio de unidade técnica especializada em estatística e ciência de dados, composta por equipe multidisciplinar, com formação em estatística e/ou ciência de dados e em direito. Tal unidade substitui os núcleos de estatística criados pela Resolução CNJ n. 49/2007, que estão em funcionamento desde 2007. A recomendação é que haja participação de servidores com conhecimento nas áreas de tecnologia da informação, ciências sociais, ciências políticas, ciências econômicas, ciências humanas com experiência em pesquisa empírica, administração e áreas correlatas das ciências exatas.

Lenir Camimura
Agência CNJ de Notícias 

Reveja a 351ª Sessão Ordinária no canal do CNJ no YouTube

Veja mais fotos no Flickr do CNJ
(use as setas à esquerda e à direita para navegar e clique na foto para a acessar em diferentes resoluções)
Brasília 24 05 2022 351ª Sessão Ordinária do CNJ

Macrodesafio - Aperfeiçoamento da gestão administrativa e da governança judiciária

 

The post Tribunais devem criar grupos para gerir dados estatísticos e pesquisas appeared first on Portal CNJ.

Outras Notícias

Anoreg RS

Corregedora do Tocantins é eleita presidente do Fórum Nacional Fundiário dos Corregedores de Justiça
26 de abril de 2024

Pela primeira vez, uma mulher vai presidir o Fórum Nacional Fundiário dos Corregedores-Gerais dos Tribunais de...


Anoreg RS

Carta de Palmas encerra 93⁰ Encontro Nacional de Corregedores-Gerais da Justiça do Brasil; Manaus será próxima sede
26 de abril de 2024

Após exposições, debates e deliberações promovidos ao longo desta quinta-feira (25/4), o Colégio Permanente de...


Anoreg RS

5º Fórum Nacional Fundiário dos Corregedores-Gerais de Justiça discute governança fundiária, mercado de carbono e atenção às comunidades tradicionais
26 de abril de 2024

Como parte da programação do 93º Encontro Nacional de Corregedores-Gerais da Justiça do Brasil (Encoge), o 5º...


Anoreg RS

Informativo de Jurisprudência do CNJ trata do concurso para cartórios
25 de abril de 2024

Em concursos para cartórios, a pontuação por assistência jurídica voluntária deve ser dada apenas aos...


Anoreg RS

Aberta consulta pública para aprimorar sistemas de registro de imóveis
25 de abril de 2024

A Corregedoria Nacional de Justiça abriu consulta pública com o objetivo de dar publicidade e colher sugestões...


Anoreg RS

RIB emite nota técnica sobre atos de alienação fiduciária e de hipoteca
25 de abril de 2024

Com a publicação da Lei das Garantias (Lei nº 14.711/2023) em 30 de outubro de 2023, o sistema de crédito e...


Anoreg RS

Governo deve encaminhar amanhã regulamentação da reforma tributária, diz líder
24 de abril de 2024

Fazenda, Fernando Haddad, vai encaminhar amanhã à Câmara dos Deputados a regulamentação da reforma tributária....


Anoreg RS

Ministro Herman Benjamin é eleito presidente do CJF para o biênio 2024-2026
24 de abril de 2024

Os ministros Herman Benjamin e Luis Felipe Salomão serão os novos presidente e vice-presidente, respectivamente,...


Anoreg RS

Artigo – Lacunas e desafios jurídicos da herança digital
24 de abril de 2024

Atualmente, o Código Civil brasileiro não aborda especificamente a questão da herança digital. E as leis...


Anoreg RS

Artigo – Regime jurídico do exercício da função notarial e registral
24 de abril de 2024

Civil O constituinte originário definiu o regime jurídico dos notários e registradores como função estatal,...